Todo mundo já sabe que estou desempregada desde o começo do ano, certo? Não acho, definitivamente, motivo de orgulho, mas estou tendo uma rotina agradável, saudável, pacífica e cultural desde então.
Na verdade, doi a saudade da galera – adorava grande parte dos meus colegas de trabalho, de verdade! – e, claro, o dinheiro.
Aconteceu assim: eu trabalhava em uma Prefeitura, cargo comissionado (o que significa que não era CLT), daí mudou o prefeito e, mesmo sendo do mesmo partido do anterior, mudou boa parte da equipe. De umas 30 pessoas no Departamento de Comunicação, permaneceram umas 15, em sua maioria efetivos e gente comprometida com o Partido. Política é uma merda. Daí que eu não tinha nem comprometimento com partido nenhum, nem contatos fortes, nem nada, e fui lindamente vazada, com uma mão na frente e outra atrás – que é isso que cabe a funcionário comissionado. Seguro desemprego, fundo de garantia… NO HAY.
Desde setembro-outubro do ano anterior eu já sabia que passaria um tempo de 2013 desempregada. Esperta (e filha de economista) que sou, comecei a me preparar pras vacas magras. Cheguei a 2013 com a conta corrente trincando e mil planos de como fazer o que quero mas sem gastar excessivamente.
Tem dado certo. Pelos próximos 4 meses certamente não precisarei mexer na poupança e nem fazer bico no Mc Donald’s. Mas não se iludam: sinto falta de trabalhar, de estar com outras pessoas, de TER SALÁRIO.
— CONTRATA EU, TIO! —
Nas últimas semanas desempregada dediquei meu tempo a: academia; alimentação saudável; cinema; procurar emprego e mandar curriculos; songpop (alguma coisa tem que ser estragada, né?)
Procuro não dormir tarde e nunca acordar depois das 9h, e ter uma rotina regrada. Acho isso fundamental para não morrer de tédio, ficar deprimida e afins.
Assisti a boa parte dos filmes que estão concorrendo ao Oscar: “Lincoln” (chatinho, mas aprendi bastante sobre história dos EUA, um lapso na minha educação); “Aventuras de Pi” (INCRÍVEL, assistam!!!), “No” (chileno, sobre marketing político que tirou Pinochet do poder – muito bom!), “Django Livre” (incapaz de expressar uma opinião além de F-O-D-A), “Amor” (austríaco chatíssimo)… Devo ter esquecido algum.
Teve também a formatura do meu primo. 5 dias no interior de SP passando muito calor, comendo bem, bebendo absolutamente o tempo inteiro e ouvindo todos os ritmos de música imagináveis. Conheci muita gente e me diverti demais!
Daí teve o carnaval, aquele lindo caos brasileiro, que começou, nada mais nada menos, com um convite para o Camarote da Prefeitura de São Paulo no Sambódromo. Foi uma experiência incrível! Tudo na faixa, incluindo aí temakis, picolés, chopps, caipirinhas, salgados e frios mil, café da manhã… Isso sim é vida, minha gente! Isso sem falar nos desfiles, lindos, gloriosos, brilhantes… E olha que só muito recentemente aceitei realmente o carnaval. Eu era daquelas rockeiras revoltadas, sabe? Passava o feriado todo vendo MTV trancada em casa com amigos, jogando WAR e comendo pizza! kkkk
Nos dias seguintes encontrei amigos, fui a blocos de rua, me diverti muuuuuito, beijei homem, beijei mulher, beijei em dupla, trio, quarteto. É o tal pan-amor. Acho válido.
Sábado último, 16, foi meu aniversário. Mais uma vez fiz um churrasco no meu prédio e queria dizer que foi meu melhor aniversário em muitos anos! Compareceram amigos queridos, me diverti muito, ri muito, conversei muito, conheci algumas pessoas melhor… Ótimo começo da nova idade (27, caso estejam curiosos).
No final, aconteceu um troço esquisitíssimo, e é difícil demais explicar o quanto isso está me enlouquecendo desde então. Eis o resumo da ópera> peguei meu melhor amigo.
O foda é que por muito tempo tive não quedas, mas cachoeiras por ele, e ele sabia e me ignorava. Mas sempre esteve por perto, aquele tipo de amigo que vara noites conversando com você sobre todos os assuntos possíveis e imagináveis, aquele cara que te conhece de verdade, sabe?
E o mais foda ainda é que há muito tempo parei de sentir qualquer coisa nesse sentido… E agora que aconteceu… Imaginei por muito tempo como seria, e em nenhuma dessas vezes pensei que poderia não gostar. Mas essa é a realidade: não curti. Isso me mata em mil e um sentidos, Tipo… Misto de estranheza, com uma sensação de que tá tudo errado.
Mas acho bom ter acontecido. Era mais do que hora de eu aprender a parar de ter queda pelos meus amigos. É o mundo me dizendo: “não era isso que você queria? então tooooma, trouxa!”
E agora rola um medo absurdo de falar com o cidadão. Ele até tentou, no dia seguinte, começar uma DR sobre o que raios tinha acontecido, mas eu mal conseguia olhar ele na cara, muito menos conversar sobre. CONSTRANGIMENTO DEFINE.
Enfim. E assim começou meu 2013, gente.
Só pra não deixar espaço em branco: CONTRATA EU!
Jornalista formada pela PUC-SP, com experiência em assessoria de imprensa, comunicação corporativa, mídias sociais, análise de mídia. Procuro QUALQUER coisa na área da Comunicação – é que ainda não tenho certeza do que gosto, e no que quero me aperfeiçoar.
Trabalho bem em grupos, sou multi-tarefas, desinibida, responsável.
CONTRATA EU!
hehe
Pronto, parei.