Queria começar dizendo que meu blog teve mais de 300 visitas nos últimos dois dias, muuuuito mais do que as habituais 50 por dia. Devo isso primeiro à felicidade de alguns de ver a desgraça dos outros (não vocês, blogueiras queridas, que estão sempre aqui me apoiando!) e em segundo lugar, à curiosidade de ex-colegas de trabalho (vários acessos do linked in). Não xinguei ninguém, não contei nenhuma mentira, tô aí, com a cara à tapa, na sinceridade e inconveniência que me caracterizam.
E preciso dizer. Estou leve como não sentia há tempos (e não é apenas o meu bolso haha).
Bom, foi assim. Sexta-feira, 18h30 a minha superiora me chama pra conversar. Tava demorando para me darem a dura que eu merecia por não ficar esperando a porra da prova (leia esse post para mais detalhes). Entro na sala de reunião e lá estão os chefes e o menino da contabilidade me encarando. Sento.
Sem vacilos, um dos chefes solta: Ana, decidimos pelo seu desligamento da agência.
Só surpresa de minha parte. Esperava uma dura das grandes, mas nunca demissão – NUNCA dei nenhuma mancada, sempre fui responsável com prazos, faltei apenas 2 vezes em 10 meses, fazia meu trabalho direitinho (sem brilhantismo, mas…).
Daí o chefe continua e diz que foi por causa do incidente ocorrido a duas semanas, quando eu me recusei a ficar esperando a porra da prova da revista. Disse que eles encararam aquilo como quebra de confiança e que, por tanto, não posso continuar.
Nem tentei implorar. O nervosismo me fez chorar (é claro), mas consegui dizer que tava insatisfeita com o salário, disse que estava surpresa com a demissão e perguntei se era tão grave assim a ponto de não merecer uma segunda chance. A resposta foi não e que eles não voltariam atrás da decisão (oi, eu pedi???)
Não consegui nem olhar pra cara da minha superiora. Era ódio puro. Me deu funções piores do que as normais, já sabendo o meu destino, sempre seca e às vezes até grossa. Acho que ela nunca foi boazinha, na verdade. Combina muito mais com ela esse jeitão de SOU PODEROSA, SOU SUA CHEFE do que a boazinha risonha que mostrava ser anteriormente. Nada como um caô para as pessoas mostrarem suas caras.
Mas enfim.
Arrumei minhas coisas, joguei tudo numa sacola e fui embora sem falar com ninguém – não ter amigos no ambiente profissional SUPER foi positivo nessa hora.
De lá, fui encontrar meus amigos num bar. E assim começou uma vida mais leve, mais feliz e mais pobre.
Porque vocês sabem que eu não estava feliz. Não estava satisfeita. Vivia estressada, cansada, desmotivada. Tive uns poucos momentos bacanas, sim, mas só. Não compensa.
O que me irrita acima de tudo é saber que fui demitida por causa DE UM ÚNICO EPISÓDIO ISOLADO. Disseram que me utrabalho é ok – não ruim, mas nada espetacular (no que eu concordo). Mas esse incidente acabou com tudo. Se eu tivesse mentido, dizendo que tinha viagem marcada ou coisa do gênero, nada disso teria acontecido.
É, gente. Grande aprendizado: HONESTIDADE NÃO COMPENSA.
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Sim, estou numa boa. Thanks pela preocupação de todos.
Vamos ver se agora acordo pra vida e descubro algo que eu realmente goste de fazer – o que cada vez mais parece ser algo loooonge do jornalismo.