You know how they say, “I can’t live without love“?
Well, oxygen is even more important.
Dr. Gregory House
Com essa frase incrível do House, da série (tem pra baixar num link aí do lado), começo mais um post reclamando da vida e da solidão. Então senta que vai começar.
Seguinte: várias amigas minhas que nunca tinham namorado, que não acreditavam muito na “tampa” de suas panelas e afins estão namorando. Claro que fico feliz por elas. Desejo tudo de melhor às minhas amigas. Mas essa não é a minha primeira reação ao saber. Antes de ficar contente por elas, fico possuída de inveja. Inveja pura. Não daquela maligna, que gera instintos assassinos e ódio, mas aquela que inevitavelmente te faz sentir como lixo, e que leva ao questionamento: “Porquê não eu?”.
Não sei até que ponto a inveja afeta o meu caráter. Por mais que eu me remoa de inveja direto, nunca fiz nem nunca farei nada para prejudicar ninguém. É uma coisa puramente interna, que machuca a mim e somente a mim.
O fato é que quanto mais envelheço, mais as pessoas ao meu redor engatam relacionamentos amorosos. No meu trabalho, não tem um ser vivo solteiro. Só eu.
Não vejo a hora em que vou sobrar totalmente </ironia>.
Depois das minhas desilusões amorosas (ou quase isso), me fechei. Primeiro, porque todo mundo que eu conheço e que me interessa:
1 – namora ou é casado
(queria ser anti-ética e ignorar sentimentos alheios, mas não consigo dar em cima de gente comprometida.)
2 – prefere a pessoa que está ao meu lado
(uma amiga, é claro. Só para eu me consumir de inveja mais um pouco).
Eu tenho duas opções: ou passo o resto da vida procurando alguém, numa esperança infrutífera, ou saio pegando geral, meanless mesmo. Pegando geral, leia-se: as sobras de amigas, os bêbados no fim da balada que não se importam com nada, os que comem qualquer coisa que não tenha volume excessivo entre as pernas.
Sério, peguei mais em 2009 que nos últimos 5 anos juntos. O que isso significou? NADA. N-A-D-A. Meanless, solidão, tons de cinza.
Pras pessoas ao meu redor, sempre tentei passar uma imagem de força, independência, desinteresse e desapego pelas causas amorosas. Felizmente, não tenho fama de mal-comida por esses motivos. Simplesmente porque eu NÃO sou comida. Mas enfim. Baixei o nível mais do que o necessário.
O fato é que eu sei (e não tão fundo assim) que eu preciso de alguém. Passo a porra da minha vida inteira esperando por esse alguém. E só de falar isso meus olhos enchem de lágrimas (obs.: estou no trabalho, escrevendo desgraça no blog, com os olhos marejados. GREAT.) Passo a porra dos meus dias inteiros desejando companhia. E não necessariamente a companhia dos meus amigos. Preciso de algo além. De um amor, sabem.
De mãos dadas, cinema, dormir abraçado, ouvir palavras doces. Tudo isso que 9 entre 10 pessoas que eu conheço já viveram.
Fato: única pessoa que eu tentei pegar na mão, um puta amigo que eu já tava pegando há um tempinho, se DESVIOU. Há testemunhas.
Posso dizer que não vivo sem amor?
Sim.
Eu não vivo sem amor. Mas, se não tenho um amor, que escolha tenho? Amor, como nosso grande House sabe, não é vital como o oxigênio. Me deixem a porra da vida inteira sem amor que eu continuo com a minha existência semi-completa. Mas me tirem a porra do oxigênio que eu morro.
Me convenço mais e mais, a cada dia que passa, que não sou do tipo de pessoa que vai casar e ter filhos. Preciso colocar na minha cabeça que isso não é pra mim, matar todas as esperanças do campo amoroso e as idéias românticas da alma gêmea e tentar ser feliz como dá, sem isso.
Das duas, uma: ou eu sou a pior pessoa da humanidade, aquela que fica sozinha pelo resto da vida por justiça mortal/divina OU eu não fui feita para isso. Simplesmente porque não pertenço a esse contexto.
Tendo a crer na segunda opção, uma vez que existe gente bem pior/mais feia/ mais gorda/mais burra/mais tanta coisa do que eu, e que ainda sim é realizada amorosamente falando.
Se a falta de alguém me faz infeliz? Não. Só que sem amor minha vida nunca vai ser 100%.
Sim, não vivo sem amor. Não consigo viver sem invejar casais. Não consigo viver sem querer mais atenção, e não só aquela que amigos podem dar.
Sorte que viver sem essas coisas não causa falência múltipla dos órgãos.
Não vivo sem amor e sem sexo, mas, que opções eu tenho?
#Procura-se um amor que goste de cachorros.
Câmbio, desligo.