Estava aqui à toa lendo as histórias da Lu e alucinei. Agora quero contar minhas histórias bêbadas e ninguém me seguraaaa ahhhhhhhhhhhh
Cara. Já fiz muita merda. Já bebi muito. Já dei MUITO vexame, muito mesmo. Mas não me arrependo de nada – e olha que, diferentemente da Lu, eu lembro de tudo.
A seguir alguns dos piores:
O primeiro porre a gente nunca esquece (2002)
16 anos, 2º colegial, sou ~popular~ e tenho muitos amigos meninos. Junto os amigos da escola AND os meninos do bairro para beber – só que a grande maioria de nós era um bando de amador no quesito álcool, me included. E esse foi o maior erro, porque escolhemos comprar para beber PINGA 51 e Pepsi Twist (aquela com limão, lembram?). SÓ JESUS NA CAUSA.
Fomos para um dos condomínios do meu bairro e viramos aquela desgraça. Uns 8 meninos e eu. Foi uma noite longa, que incluiu eu caindo no meio da rua, no exato lugar em que o caminhão de lixo carregado tinha acabado de passar; um amigo socando todos os postes do quarteirão porque a moça que ele amava não o amava (no fim eles ficaram, namoraram, noivaram e 7 anos depois ele terminou com ela); e o mundo girando pela primeira vez na minha vida. Fiquei enlouquecida, achei a experiência incrível (e muito enjoativa. Vomitei as tripas). Ainda paguei peitinho para um amigo (que uns 10 anos depois acabou vendo direito).
Outs & o anjo (2004)
Uns amigos tinham uma banda. Eles iam tocar num bar de rock na Rua Augusta. Chegamos muito cedo e fomos beber nos botecos do lado. Pinga com limão, pinga com canela, bombeirinho e todas as bebidas mais mendigo que você consiga imaginar.
Ok.
Teve o show. Durante o show inventei de beber vinho. Depois de toda aquela pinga.
Não lembro ao certo em que momento comecei a passar mal. Sei que subi a augusta (para ir até o metrô) sendo meio que arrastada pelo meu grupo de amigos. Eram umas 10 pessoas que precisavam pegar metrô, depois ônibus e depois andar pra chegar em casa. Morar no Campo Limpo antes da Linha 5-Lilás existir era ainda pior.
Enfim.
Cheguei no metrô e gorfei numa lata de lixo no vômito que ficou conhecido pelos meus amigos como EXORCITA. Um volume absurdo de vômito e numa velocidade sinistra.
Depois disso vomitei dentro do vagão do metrô.
DESCULPA MUNDO. Sério. Desculpa. Gorfar no vagão do metrô é zuado. Sorte que tava vazio – exceto pelos meus amigos.
Sei que meu porre fodeu a vida de todo mundo, porque os atrasei e eles não conseguiram pegar o ônibus, já estava muito tarde. Ficamos todos ao relento num ponto de ônibus da Heitor Penteado – eu deitada no chão me acabando de vomitar, ainda.
Daí surgiu um anjo, como meus amigos dizem. Um estranho – dizem que era jovem e bonito (!) cuidou de mim. Passou parte da noite de sábado dele me dando água… Fofo. OBRIGADA MOÇO.
Só que daí meus amigos acharam uma boa ideia LIGAR PARA OS MEUS PAIS IREM ME BUSCAR.
Apenas sensacional tirar meus pais da cama no meio da madrugada para falar que a filha deles está vomitando horrores no meio da rua.
Meu pai passou muitos dias me dando sermão…
E meus amigos, até hoje, me cobram os 2 táxis que tiveram que pegar para voltarem para casa, do outro lado da cidade.
Los Hermanos em Taubaté (2005)
Minha amiga, os amigos de Taubaté dela e eu fomos ao show, que custou meros R$ 15. Bons tempos. Antes, fizemos um esquenta de Smirnoff Ice (rysos). No show vendia DE TUDO, e eu bebi DE TUDO: virei 2 copos de 200ml cada de vodka; tomei 2 copos de vinho; e 2 doses de tequila.
O resultado? Comecei a ver o mundo girar na segunda música do show. Fui pro banheiro, morri vomitando, acordei com uma faxineira ME ARRASTANDO pra fora do banheiro. Fiquei vomitando deitada quase inerte no meio da pista do show com uma galera me olhando. Dignidade.
2006, um caso a parte
Em 2006 tive mais dias de caos, bebida e vômito do que dias sóbrios. Teve uma semana em que eu dei 3 PTs em questão de 5 dias. Eu saia todas as noites, bebida vinha de graça sabe deus da onde. Uma beleza.
2006 foi um ano em que eu ia a churrascos toda semana; foi o ano em que eu comecei a beber cerveja e fumar maconha com o moço estranho do conhaque na mochila por quem eu era apaixonada. PENSA.
Foram tantos porres HOMÉRICOS nesse ano que é difícil separar um ou dois. O mais forte e mais importante de todos, sem dúvida, foi no dia em que fiquei pela primeira vez com o tal moço da maconha e do conhaque na mochila – amigão da minha prima (ele carregava também pão de mel e um cobertor). A história inteira daquele dia está contada em detalhes aqui, e ainda forte na memória (ele foi o último cara de quem gostei de verdade, antes do suíço, SETE anos depois). Resumo: festa 1, festa 2, enquadro de polícia, festa em casa, bebida bebida bebida, papos sobre dimensões e física, vomitar A ALMA no banheiro, sair do banheiro e descobrir que está tudo apagado e todo mundo foi embora, reparar num colchão no chão na minha frente, deitar nele, ser coberta por um cobertor mágico (junho é frio, gente) e depois por um corpo humano muito desejado me acariciando e chegando de leve. Soa estranho, mas foi lindo, gente.
Como dito antes, foram mil porres esse ano, e confundo um pouco os acontecimentos. Teve um em que gorfei em uma caçamba; um outro, dormi no banheiro e quando acordei (no banheiro) eu estava coberta com edredom e com travesseiro (!!!); numa outra, vomitei pela janela do meu quarto (um prédio) e as paredes do prédio ficaram marcadas… Ai ai. A juventude. Eu não conseguia controlar, bebia demais (e misturava várias bebida e maconha – UM GRANDESSÍSSIMO ERRO). Daí era sempre o mesmo resultado. Numa dessas, me descolaram um balde. Depois disso, nunca mais larguei o balde. Era meu fiel companheiro dos porres. Logo, virei a Ana do baldinho.
Power rangers & a grande decepção chamada cerveja (2006)
Foram poucos meses de amor eterno com a cerveja. A descobri em fevereiro de 2006 e passei a me acabar na cerveja, sem passar mal, sem enjoar e nem nada. Achava que era a bebida perfeita. Esse belo dia começou com um imagem & ação com gente que nunca vi na vida, um amigo que eu não tinha ideia de onde tinha surgido no rolê e com o moço do conhaque na mochila sendo chamado de Los Hermanos por um cara no bar – ao que respondeu que ele e os amigos eram os power rangers (cada um com uma camiseta lisa de uma cor diferente). E eu bebi muita cerveja, como nunca tinha bebido na vida. Estava segura de que estava segura. EPA PERA.
Pois é. Esse dia é importante porque foi uma grande, grande decepção. Fiquei chocada de que cerveja, sem nenhum complemento, pudesse causar um estrago tão grande (e caganeira, ainda por cima). Demorou pra fazer efeito, mas passei a madrugada inteirinha no banheiro, cagando e vomitando e perguntando pra cerveja “por que me traíste?”.
O caso dos dois moreninhos (2007)
Nossa, essa história é foda. Se tem alguma bebedeira que eu quase me arrependo é essa. Foi tenso e FORTE.
Tudo começou com 4 amigas e eu querendo chamar homens para a minha casa para… Hm. You know. Foi difícil achar, viu. Esses homens de hoje em dia… tudo negando fogo. hahaha
Mas conseguimos. Foi um amigo da faculdade de uma delas, um amigo desse amigo e dois caras que eles mal conheciam. Sabe-se lá de onde surgiram, sei que apareceram os 4 na minha casa num sábado a noite. Daí a gente jogou sueca.
Nunca jogou sueca? É um jogo de beber sensacional, mas que 11 em cada 10 vezes, dá merda e alguém gorfa. Informe-se sobre o joguinho aqui.
Sei que eu fiquei trêbada. Em dado momento, uma amiga falou que um dos caras queria me pegar. Eu disse: “eu não quero esse, quero aquele” e apontei outro cara. Ela falou com o cara e ele disse que ia me esperar na cozinha. Fui na cozinha e agarrei o cara. Canibal, mesmo. Mas mal agarrei me subiu aquele revertério. Falei pro cara esperar. Fui ao tanque e gorfei na frente dele. HAHAHAHAH
Ele sumiu. Eu fui pro banheiro vomitar decentemente. Saí do banheiro e fui pro meu quarto me recuperar cochilando. Acordei com alguém me fazendo massagem. Dei trela e peguei – achando que era o moço que me viu gorfar.
Só que não era. E quando eu me dei conta já era tarde demais.
Acordei na manhã seguinte com A MAIOR RESSACA MORAL DA ESTRATOSFERA.
JUCA (2007)
Juca são os Jogos Universitários de Comunicação e Artes. As principais faculdade dos cursos do gênero, em São Paulo, se reúnem em alguma cidade do interior, por 4 dias, para disputar um campeonato e destruir a pobre cidade.
Nos primeiros anos de faculdade eu não fui. Não tinha a menor vontade de dormir em barraca, passar calor, frio, dormir mal, comer mal. Mas em 2007, 3º ano da faculdade, resolvi ir. Foi em Registro, cidade ao sul do estado.
A PUC é conhecida por ser a pior das faculdades, esportisticamente falando. É um bando de maconheiro bêbado. Com muito orgulho. Nas provas de natação, uma menina da PUC nadou cachorrinho de biquini de lacinho. Te juro. Nas raias do lado, gente do Mackenzie, da USP, da Casper se alongam, tomam concentrado energético antes das provas… O lema da PUC no JUCA é: “A PUC VEIO PRA BEBER E SE GANHAR FOI SEM QUERER”.
Enfim. O grande lance do JUCA são as festas no alojamento. Tudo open bar. Sempre. O dia inteiro.
Logo na primeira noite eu bebi bem e não percebi a merda chegando. Mas ela chegou. Forte. Quando vi, o mundo não estava girando ~redondamente~. Eram quadrados. Triângulos. Polígonos. Vocês não tem uma noção, gente. Vomitei as tripas e fui pra barraca dormir. Quando acordei, minha cabeça estava pra fora da barraca, e o corpo pra dentro. E percebi que metade do alojamento estava em situação parecida ou pior que a minha. Ah, o JUCA… ♥
2012, Carnajuju I edição
Sítio sempre dá merda. Simples assim. Cheguei no sítio às 7 da manhã com a aniversariante e comecei a beber desde então. E bebi de tudo. Me acabei na cerveja, na tequila, nas coisas mais bizarras misturadas com vodka, uísque, vodka pura… E rolava uma piscina de lona. Sempre que eu ficava alta ia lá mergulhar.
MERGULHAR MESMO, gente:
Enfim. Teve samba, teve tombo, teve sangue, teve corredor polonês de homem beijando a mulherada que passava… Teve eu mostrando os peitos pra festa inteira (inclusive pro pai da dona da festa)… E teve eu passando mal. Dizem que eu beijei a minha amiga que cuidou de mim, mas juro que não lembro. Embora eu lembre de ter beijado 3 pessoas naquele dia, mas jamais lembrei claramente quem foi a 3ª pessoa.
Passei a madrugada num quarto com 5 pessoas me ouvindo vomitar. Fim.
**************************************************************
Vocês podem reparar que nos primeiros anos os porres eram frequentes, e depois foram se tornando mais raros. Pois é, amadurecer tem dessas.Tenho tido porres uma, duas vezes por ano, hoje em dia (2014 ainda tá zerado).
Consigo me controlar muito mais. Naquelas, né. Sempre que eu bebo causo horrores. Dou em cima de todo mundo, conto minha vida sexual para estranhos, provoco. Fico assanhada, extrovertida, falante, gritante. Nunca fui uma bêbada briguenta, nem triste, nem amorosa. Sou uma bêbada vadia. Faço amizade com todo mundo, falo merda pra todo mundo, divirto quase todo mundo. Mas aprendi a beber mais devagar e, principalmente, não misturar bebidas.